Ecoam na minha cabeça, pulam lábios à fora, e fogem. Correm mais rápido que eu. Tem mais pernas que eu.
Como eu não percebi que era errado? Que era estúpido? Que estava na hora errada? Que não eram verdades?
Eram ilusões. Daquelas que te puxam pro buraco mais fundo e escuro do céu.
Felizmente, estou vendo a luz.
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Uma vez,
...me rendi. E escrevi trechos:
"O modo como pensa, me irrita, e deixa atordoada. Complicado, ajeitado.
Nunca pensei no que você estaria pensando, porque não posso. Não quero.
O modo como observa, que sorri de conjunto enquanto pronuncia palavras suaves, e tocantes. O pouco esforço para tornar frases simples, em poemas."
[Terceiro parágrafo.]
"...nenhuma das duas afetaria sua pose, sua indiferença diante o problema. Seus olhos talvez nem o escalem como um problema. Talvez um obstáculo, que pra ele, apenas palavras derrubariam.
E ele sabe usá-las como canhões, e como alegorias. Engraçando o sete, e definhando o oito."
[Quinto parágrafo, segunda linha.]
"Seu sorriso, sempre escorregando para o canto dos lábios, era engraçado. Fazia minha tentativa parecer falsa, ridícula, uma mera... Tentativa."
[Sétimo parágrafo.]
"Era o "sorrir na hora errada", "sentir na hora errada" e "ser na hora errada". Mas, não pode evitar. Suas feições não escondem."
[Oitavo parágrafo.]
"O sufoco, e a felicidade. Saltitando entre céu e inferno."
[Nono parágrafo.]
"Segredos secretos. Nunca desvendados."
[Nono parágrafo, segunda linha]
"Desvendá-lo seria épico."
[Nono parágrafo, terceira e última linha.]
"O modo como pensa, me irrita, e deixa atordoada. Complicado, ajeitado.
Nunca pensei no que você estaria pensando, porque não posso. Não quero.
O modo como observa, que sorri de conjunto enquanto pronuncia palavras suaves, e tocantes. O pouco esforço para tornar frases simples, em poemas."
[Terceiro parágrafo.]
"...nenhuma das duas afetaria sua pose, sua indiferença diante o problema. Seus olhos talvez nem o escalem como um problema. Talvez um obstáculo, que pra ele, apenas palavras derrubariam.
E ele sabe usá-las como canhões, e como alegorias. Engraçando o sete, e definhando o oito."
[Quinto parágrafo, segunda linha.]
"Seu sorriso, sempre escorregando para o canto dos lábios, era engraçado. Fazia minha tentativa parecer falsa, ridícula, uma mera... Tentativa."
[Sétimo parágrafo.]
"Era o "sorrir na hora errada", "sentir na hora errada" e "ser na hora errada". Mas, não pode evitar. Suas feições não escondem."
[Oitavo parágrafo.]
"O sufoco, e a felicidade. Saltitando entre céu e inferno."
[Nono parágrafo.]
"Segredos secretos. Nunca desvendados."
[Nono parágrafo, segunda linha]
"Desvendá-lo seria épico."
[Nono parágrafo, terceira e última linha.]
domingo, 20 de dezembro de 2009
As piores escolhas...

Possível conversa entre um pequeno garoto, e a inspiração:
- Você veio?
- Estou aqui, certo?
- Sim. Não podia ter chegado antes?
- Chego nas piores horas.
- Pensei que fosse nas melhores.
- Pra você, nas piores.
- Por que?
- Você é diferente, especial, se assim posso dizer.
- Diferente? Especial?
Breve silêncio.
- Trouxe duas coisas pra você, garoto.
- O que?
- Precisa escolher.
- Sou bom em escolhas.
- Eu não diria isso.
- Vamos! O que tem aí?
- Eu tenho a luz. E a escuridão. A escolha é sua.
O garoto pensa.
- Dê-me a escuridão.
- Tem certeza?
- Absoluta.
E o garoto voltou pra casa, sentindo-se pesado.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Aquela sensação...
de entusiasmo. Tempos e tempos que não me deparo com ela à minha frente. Ando esquecendo das emoções, das reações, das sensações. É, lembra da surpresa? Da alegria? Da felicidade?
Não.
Ando sentindo a ansiedade pular e se arrastar pela minha garganta. Sinto doses disso por dia.
Bem estranho.
À tempos não pego o microfone, danço sozinha no quarto com o corpo na frente do espelho e sinto o fone escorregar por orelha à baixo, espatifando-se no chão, enquanto canto o refrão já decorado. O que dá vontade de pular.
É a vergonha. De mim mesma, talvez.
A vergonha, que me bate na cara, e me manda parar. E eu paro.
Uma vez, senti-me tão confortável, e tão animada por uma pequena coisa. Tão pequena, que me perguntei por que me sentia daquele jeito.
Era a alegria. Ataques dela.
Não tenho, não sinto, não sei mais como é.
A ansiedade me pega de surpresa, com mais frequência que o resto das emoções, que eu enfiei numa caixa, e joguei em baixo do travesseiro.
Não sei qual é o meu problema. Não sei qual é o problema dos outros.
Ajuda? S.O.S?
Posso aparentar, posso dizer, mas tudo isso é diferente de sentir.
e que fique claro: nunca vi alguém verdadeiramente feliz.
Não.
Ando sentindo a ansiedade pular e se arrastar pela minha garganta. Sinto doses disso por dia.
Bem estranho.
À tempos não pego o microfone, danço sozinha no quarto com o corpo na frente do espelho e sinto o fone escorregar por orelha à baixo, espatifando-se no chão, enquanto canto o refrão já decorado. O que dá vontade de pular.
É a vergonha. De mim mesma, talvez.
A vergonha, que me bate na cara, e me manda parar. E eu paro.
Uma vez, senti-me tão confortável, e tão animada por uma pequena coisa. Tão pequena, que me perguntei por que me sentia daquele jeito.
Era a alegria. Ataques dela.
Não tenho, não sinto, não sei mais como é.
A ansiedade me pega de surpresa, com mais frequência que o resto das emoções, que eu enfiei numa caixa, e joguei em baixo do travesseiro.
Não sei qual é o meu problema. Não sei qual é o problema dos outros.
Ajuda? S.O.S?
Posso aparentar, posso dizer, mas tudo isso é diferente de sentir.
e que fique claro: nunca vi alguém verdadeiramente feliz.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Nada consegue explicar,
o que eu senti.
Não foi nada, parece que não foi nada, porque foi tudo.
O que algumas palavras não fazem? O que algumas risadas não fazem? O que algumas desculpas não fazem? O que algumas verdades não fazem?
Não fazem nada, parece que não fazem nada, porque fazem tudo.
Eu queria ter extendido o tempo pra sempre.
O que o tempo não faz?
Não faz nada, parece que não faz nada, porque faz tudo.
Não disse nada especial, e nem queria. Minha boca simplesmente não passava as informações que minha cabeça mandava.
O que um suspiro faz?
Não faz nada. Absolutamente nada.
O que um abraço faz?
Não faz nada. Absolutamente nada.
O que uma verdade, uma desculpa, algumas palavras, algumas risadas, um tempo, um suspiro e quatro abraços fazem?
Fazem tudo. Absolutamente tudo.
Não foi nada, parece que não foi nada, porque foi tudo.
O que algumas palavras não fazem? O que algumas risadas não fazem? O que algumas desculpas não fazem? O que algumas verdades não fazem?
Não fazem nada, parece que não fazem nada, porque fazem tudo.
Eu queria ter extendido o tempo pra sempre.
O que o tempo não faz?
Não faz nada, parece que não faz nada, porque faz tudo.
Não disse nada especial, e nem queria. Minha boca simplesmente não passava as informações que minha cabeça mandava.
O que um suspiro faz?
Não faz nada. Absolutamente nada.
O que um abraço faz?
Não faz nada. Absolutamente nada.
O que uma verdade, uma desculpa, algumas palavras, algumas risadas, um tempo, um suspiro e quatro abraços fazem?
Fazem tudo. Absolutamente tudo.
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Trechos
de um livro lido (e apreciado!) em dois dias:
"- É melhor eu ir andando.
Falei rápido, antes que tivesse tempo para refletir sobre a pergunta que faria.
- Você vai voltar? Quer dizer, você quer voltar?
Ele olhou diretamente para o espelho e, mais uma vez, parecia que estava olhando bem nos meus olhos.
- Quero. Quero sim."
[Penelope, 103.]
"...Quem sabe um pouco de jazz? Ou alguma coisa clássica, até mesmo romântica? Tchaikovsky, Rachmanioff...
Os dedos dele se abateram por sobre as teclas, e ele começou a martelar "O Bife".
Dei risada de alegria.
- Genial - exclamei."
[Penelope, 111.]
"- Você gosta dela, não gosta? - perguntou Lemon.
Johnny continuou a tocar. Ele não respondeu à pergunta de Lemon, mas nem precisava. Estava tudo na música.
Lemon interpretou o que ouvia.
- Você a ama."
[Penelope, 194]
"- É melhor eu ir andando.
Falei rápido, antes que tivesse tempo para refletir sobre a pergunta que faria.
- Você vai voltar? Quer dizer, você quer voltar?
Ele olhou diretamente para o espelho e, mais uma vez, parecia que estava olhando bem nos meus olhos.
- Quero. Quero sim."
[Penelope, 103.]
"...Quem sabe um pouco de jazz? Ou alguma coisa clássica, até mesmo romântica? Tchaikovsky, Rachmanioff...
Os dedos dele se abateram por sobre as teclas, e ele começou a martelar "O Bife".
Dei risada de alegria.
- Genial - exclamei."
[Penelope, 111.]
"- Você gosta dela, não gosta? - perguntou Lemon.
Johnny continuou a tocar. Ele não respondeu à pergunta de Lemon, mas nem precisava. Estava tudo na música.
Lemon interpretou o que ouvia.
- Você a ama."
[Penelope, 194]
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