de entusiasmo. Tempos e tempos que não me deparo com ela à minha frente. Ando esquecendo das emoções, das reações, das sensações. É, lembra da surpresa? Da alegria? Da felicidade?
Não.
Ando sentindo a ansiedade pular e se arrastar pela minha garganta. Sinto doses disso por dia.
Bem estranho.
À tempos não pego o microfone, danço sozinha no quarto com o corpo na frente do espelho e sinto o fone escorregar por orelha à baixo, espatifando-se no chão, enquanto canto o refrão já decorado. O que dá vontade de pular.
É a vergonha. De mim mesma, talvez.
A vergonha, que me bate na cara, e me manda parar. E eu paro.
Uma vez, senti-me tão confortável, e tão animada por uma pequena coisa. Tão pequena, que me perguntei por que me sentia daquele jeito.
Era a alegria. Ataques dela.
Não tenho, não sinto, não sei mais como é.
A ansiedade me pega de surpresa, com mais frequência que o resto das emoções, que eu enfiei numa caixa, e joguei em baixo do travesseiro.
Não sei qual é o meu problema. Não sei qual é o problema dos outros.
Ajuda? S.O.S?
Posso aparentar, posso dizer, mas tudo isso é diferente de sentir.
e que fique claro: nunca vi alguém verdadeiramente feliz.
esse texto é genial.
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