sexta-feira, 10 de julho de 2009

É...

Depois de ficar até as quatro da tarde dormindo e conversando com a enfermeira, acho que me sinto melhor.
Ataque de enxaqueca não é a melhor coisa do mundo. Nem a pior. Mas foi ridículo.
Fazia muito tempo que não passava mal daquele jeito.
Enfim.

Lembro-me muito bem de tentar escrever alguma coisa sobre hospitais. Ah, sim. Consigo rever o primeiro parágrafo que escrevi, foi algo como "Acordei ciente de que aquilo não era minha casa. Era tudo muito branco para ser a casa de alguém."
E confirmei. A própria enfermeira perguntou se eu gostaria que ela desligasse a luz; enquanto eu me decidia com gemidos entre um "sim" e um "não", ela desligava a luz logo atrás do balcão. Mais uma coisa estranha daquele quarto. Um balcão com pequenas colunas romanas (ou gregas).
Antes, enquanto ela tentava me furar com uma agulha, aquelas colunas já me irritavam de algum modo.

- Não vou dizer que não vai doer. Que vai doer até vai. Mas é só um pouquinho, tá?

Tá bom, me fura logo!

Dormi naquela maca logo após perguntar do que elas eram feitas, e por quê eram tão duras. Dormi com o braço estendido, com medo de me enrolar no fio que me mantia... "viva".

- Ela é branca assim, ou tá passando mal?

Os dois, moço.

domingo, 28 de junho de 2009

[editado]

Estou com trabalhos novos. Tanto que com a ajuda de alguém, mudei meu nome. Não, não meu nome; ele continua o mesmo. Estou falando sobre o nome dessa coisa.
"Uma criança na madrugada", achei bom. Se conseguir algum outro melhor, eu mudo.

Enfim, festa!
Na sexta. E lembra do Hitler? Não sou eu mais [editado]. É ela.
E eu não me importo de passar o cargo, pelo menos eu não exponho mais as minhas idéias. Se bem que as dela são ótimas. Mas, pra variar, não é qualquer um que vai seguir aquilo.
Bem, aí eu não vou dar uma de louca desta vez. Espero.

domingo, 7 de junho de 2009

Se eu parar,

A música continua. Muito estranho, mas tente enxergar com outros olhos.
Se eu parar, tudo continua, como se eu não estivesse percebendo. O mundo está girando, e parece que só eu ligo. Agora, posso começar?

Bem, tudo aconteceu comigo. Só porque me senti forte. É tudo tão normal para os outros, mas eu tento analisar. Ser normal, tudo tão normal, não é comum. Então, eu tento perceber tudo. E esse mundo que tanto gira, está em guerra. E só eu percebi.
Uns contra os outros, e tudo caindo em cima de mim. (e olha, a culpa não é minha. Eu não tenho nada a ver com isso.) E ás vezes, nela. Armas, e canhões em uma sala branca.
Brancos contra brancos. Atacar!
Os "vês" em suas camisas são de verdade, e o verde ao lado da verdade é a sorte. Mangas curtas, e surradas. Já mandei parar, mas eu só ataquei. Os dois lados inexistentes são brancos. Naquela noite do meu ataque, eram brancos e pretos.
Lembro-me daquele dia, e na minha cabeça, disse: "Minha Alemanha!"
E ouvi gritos.
Explodi.

Naquela hora, me vi vermelha. Preta e branca, como se unindo as duas partes que não existem.
Vermelho, preto e branco. Isso te lembra alguém?

Vieram me pedir conselhos, e bombas. Eu ajudei, com os dois.

Naquela hora, me vi destemida do começo ao meio. No fim, me vi morta.
Naquela hora me vi como um ditador. Sim, eu ditei tudo.
Mas, se revoltaram.

Naquela hora, me vi Hitler.

Mas, só naquela.
Agora, estou morta. E os únicos que lembram de mim, são aqueles escritores de blogs que me citam como super ditador da Alemanha.

E agora, nem sou eu que estou ditando tudo naquele campo de batalha.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Cartas, almas.

Acabei de abrir a caixa do correio. Sabia que acharia uma surpresa.
Enfiei a mão lá dentro, e puxei uma cartinha branca, com letras pretas, muito bonitas – devia ter praticado a caligrafia por toda a infância.
E li na frente meu nome, com o endereço logo a baixo. Ouvi aleluias por trás dos meus ombros. Afinal, carta pra mim nunca chega.
Subi até o escritório, e saí procurando aquele negócio prateado, que o meu pai disse que era pra cortar dedo de criança curiosa. Mas, minha mãe me deu as palavras, e o nome era alguma coisa que eu não lembro, mas na minha cabeça é um mero abridor de cartas.
Encontrei ele dentro de uma das gavetas, e abri a carta. Não é frescura, é que eu sempre quis fazer isso.

Bem, quando abri, tinha certeza que logo após de ler, choraria por alguns minutos.
E chorei.

Cartas são uma coisa que mexe com pessoas. Ver as letras, as frases, os pontos, o aroma...
Ainda mais, quando são da sua avó.
Lembro-me de receber várias por ano dela. Mas, o número começou a diminuir, e diminuir... Até que eu mesma mandei, no 70º (não sei escrever isso, contentem-se com o número) aniversário dela. E a fiz chorar, como ela me fez chorar.
Ok, não é muito certo falar da avó aqui, mas eu falo. Sou diferente.
Bem, a carta está do meu lado, e quando eu quiser chorar mais um pouco, é só me virar pra direita.
E tenho certeza absoluta, que quando a minha mãe voltar do trabalho, e me perguntar da carta, eu vou chorar. Novamente.
Nunca gostei de chorar, mas sempre fui uma criança chorona. Nunca ganhei nada chorando, mas sempre chorei; e sei que nunca vou ganhar nada se continuar chorando.
Que eu leve isso pro resto da vida.

Hasta la nunca.

domingo, 26 de abril de 2009

YES!

We can't.

Maldito tempo pra pensar.


É estranho como eu ainda levo as palavras de Anthony Hopkins na cabeça: Don't quest anything, just do it.
Obrigada pelo apoio, querido. Agora me diga, você tem twitter? Vamos bater um papo cabeça. Eu gostei da frase, mas ela não faz sentido pra mim. Então, eu acho que você pode me ajudar; mais que a minha mãe, meu pai e minha avó.

Essa semana não é uma boa semana pra viajar na maionese. Eu prefiro chocolate.

Ah, sim. Como a semana tá chegando, e eu sei que arranjei o maldito hábito de não entrar muitas vezes no computador, vou adiantar a data de amanhã:

Parabéns, coisa branca. Amanhã é seu dia, e você vai fazer nada mais, nada menos que 25 anos. (de acordo com a minha calculadora)
Vocalista de uma das bandas que embalou minha cabeça antes mesmo de eu aprender a ler. Embalou, mas eu não reconhecia. Hoje, eu reconheço a voz e consigo identificar de longe. E ainda um dos homens que deu o nome para esse blog. Tudo por causa do pior deles. Folie à deux é o original, e eu fiz questão de refazer. Tudo por causa de uma banda, tudo por causa de um cara.
Parabéns, Patrick Stump. Você é o cara.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

- Para lugar nenhum.

Querendo ou não, isso não vai dar certo.
Por mais que eu chegue perto dele, ele corre de mim. E quem disse que eu o amo?
Isso é mais ou menos aquela pergunta que as crianças fazem para os pais:
- De onde eu vim?

É quase a mesma coisa, só o texto muda:
- Para onde eu sigo, para onde eu vou?

sábado, 18 de abril de 2009