E se levantou.
Aproximando-se do pequeno aglomerado de pessoas, eu a perdi de vista.
Pausei minhas órbitas, em choque. Queria ao menos dizer meu nome,
queria ao menos perguntar algo, queria dizê-lá o quanto é linda, e o
quanto me deixa fascinado.
Eu disse.
Eu disse e fomos pra sua casa, apreciar boa música e bons poemas.
Lemos trechos de Hemingway, e nos aconchegamos à frente da fogueira de
sua sala, nossas peles se chocaram enquanto lembrávamos de ex-amores e
nossos lábios se encontraram após goles de silêncio, ainda aquecidos
pela fogueira, acesa.
Tivemos uma noite de revelações e pecados.
O final? Quem diria, não poderia ser melhor.
Ouvimos The Girl Next Door de Sinatra, desejando aquele momento para sempre.
Eu sei que aconteceu.
Ou pelo menos, poderia ter acontecido.
Que bonita e triste ao mesmo tempo essa história. Escreves muito bem. Vou seguir aqui, beijos.
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