Aquilo não era para ser eu.
Eu quis por três míseros segundos, mas meu relógio marcou como duas longas horas. E não, a desgraça não para no relógio - que sempre odiei, todavia - ela se extendeu até perceber que aquilo não era... Eu.
E olha! Como toda vez que faço isso, só agora eu percebi. E dessa vez, não me enganei.
Porque, mentir pros outros pode ser divertido. Mas, mentir pra si mesmo é esconder aquela mágoa que a verdade proporciona à cabeça e às pernas. Ainda bem que estava sentada.
Não que eu ande mentindo, não. Ando enganando. Quem é como eu, sabe que existe uma grande diferença entre mentir e enganar. E sabe, que afogar as mágoas no travesseiro não ajuda em nenhuma das duas coisas. E não vai ajudar. Nem se mentir pra si mesmo, de que tudo está bem, e toda aquela baboseira reconfortante que pessoas dizem bem perto de nossos ouvidos quando estamos reconfortados em seus braços vai ajudar.
Quer dizer, isso pode ajudar; só se mentir para si mesmo.
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